Em primeiro lugar, não saí de Itu diretamente para Londres. Houve um "pequeno" intervalo de 14 anos, tempo em que morei em São Paulo, onde estudei Direito e trabalhei por 13 anos em escritórios de advocacia. Não sei bem ao certo como surgiu a ideia de morar fora do Brasil. Como bom brasileiro, adoro feijão-com-arroz, futebol, samba, praia, sol, churrasco e cerveja bem gelada. Quando junta tudo isso de uma vez, então...Bom, isso fica para um outro texto. O fato é que sempre gostei de viajar, pegar a estrada, arrumar mala (ou mochila), mas, mais do que tudo isso, de conhecer gente e ver como as pessoas vivem em outros lugares que não Itu ou São Paulo. O que fazem, o que comem, como se divertem, o que pensam, como é seu dia a dia e tudo o mais que as fotos não são capazes de registrar. E nunca me contentei em apenas ver, ouvir ou ler dos outros sobre os cheiros, as sensações e - por que não? - os perrengues que alguém passa fora de seu ambiente. E, para ser sincero, meus interesses são diferentes de boa parte das pessoas que conheço que viajam e sempre me faltou alguma informação, algum detalhe que passou despercebido pelo amigo viajante. A isso some-se a vontade (ou necessidade) de dar um tempo na carreira, sair da rotina cotidiana e parar para pensar no que já fiz e no que ainda posso fazer da minha vida, e uma sindromezinha do pânico para completar. É só deixar fermentar tudo isso e, um dia, a vontade de viajar joga o comodismo para escanteio e supera o medo de interromper a carreira, de se afastar dos amigos e família...e lá fui eu para Londres, a primeira parada de algumas outras.
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