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[vista da varanda do albergue] |
Ao lado Rio de Janeiro, Floripa é a cidade que mais gosto de visitar. Em um raio de 20 quilômetros, há praias com onda, sem onda, cheias de gente, desertas, trilhas, cachoeiras, lagoas, dunas, além de todas as facilidades de uma cidade grande. Da cerca de uma dezena de vezes que lá estive, esta foi a primeira vez que fui sozinho e que me hospedei em um albergue, o Backpackers Sharehouse, na Barra da Lagoa. Depois de uma viagem tranquila - apesar do ônibus parar em tudo que é cidade no caminho -, cheguei à noitezinha na cidade e, com mochilão e tudo, já fui ao Mercado Público tomar um(ns) chope(s) e matar a saudade do bolinho de bacalhau do Box 32. Devidamente reabastecido, peguei um bumba no terminal central e logo cheguei ao hostel. Digno de nota o sistema de transporte da ilha: há vários terminais, onde você pode trocar de ônibus, pagando uma só passagem.
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[Barra da Lagoa] |
As vias (à exceção do trecho próximo ao Rio Tavares, no Sul da ilha, e, dependendo do horário, em volta da Lagoa da Conceição) permitem fácil e rápida locomoção (ao menos em fora de temporada) e, se você tiver tempo, o transporte público é uma boa e barata opção de locomoção. O hostel ficava ao lado do curso d'água que vai da Lagoa da Conceição até o mar, e não estava lotado, o que foi muito bom. Galera animada e super prestativa cuidava do local, promovendo atividades (e churrascos) todos os dias. Tive sorte, pois, depois de uma semana de chuvas, abriu um solão, que me acompanhou durante todos os dias que fiquei em Floripa. Nas noites de sexta e sábado, fui a um samba que rolava em um bar/restaurante chamado Vigia do Casqueiro. Sensacional. Ficava a poucos metros do albergue, na subida da servidão de passagem que leva a uma prainha. 

Conheci muita gente, gringos e locais. No domingo, fui a um samba na praia da Joaquina. Muito bacana também, mas muito mais cheio e agitado. Foi muito engraçada a ida, pois era o único brasileiro (além do motorista) na Kombi do albergue. A galera estava achando o máximo (ou exótico) ir a um samba naquela lata-velha. Senti-me quase um gringo. Durante o dia, ia para as praias próximas (a Barra da Lagoa fica entre a Praia da Galheta e Moçambique, a maior da ilha, com cerca de 7kms de extensão). Legal mesmo foi fazer a trilha para a praia da Lagoinha do Leste, no sul da ilha. Há duas opções: iniciar a trilha pelo Pântano do Sul ou por Matadeiro. Escolhi esta última. Como havia chovido muito nos dias anteriores, a trilha estava meio fechada e, em alguns trechos, difícil de ser visualizada. 

O primeiro trecho foi o mais difícil, com uma forte subida e mata mais fechada. Passados cerca de 40 minutos, contudo, saí da mata e atingi o costão, muito mais plano e com uma bela vista. Mais uns 40 minutos de caminhada em ritmo forte e cheguei à praia, considerada por muitos a mais bonita de Floripa. Tive de concordar. A faixa de areia fofa fica entre o mar (com ótimas ondas) e uma lagoa que nele desemboca. Muito poucas pessoas estavam na praia, e a maioria delas estava acampando próximo ao canto direito. Fiquei umas boas duas horas por ali, subi em tudo que é pedra, nadei pelo riacho até a lagoa e descansei antes de fazer o caminho de volta para a praia de Matadeiro. Recomendo! Boa maneira de encerrar a viagem pelo sul do País. Dia seguinte tomei o voo de volta para Viracopos, e, então, depois de mais de 3.600 kms percorridos, Itu. Até, é claro, a próxima viagem (desta vez, para o extermo norte do Brasil).
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