Depois da burocracia aeroportuária de praxe e de uma hora e meia de voo tranquila, lá estava eu em Porto Alegre, ponto inicial da viagem abaixo do paralelo 30. A primeira figura que chama a atenção, logo na interligação entre os dois terminais do Aeroporto Salgado Filho, é a Estátua do Laçador, símbolo da cidade e do orgulho gaúcho. Hospedei-me em um hostel próximo ao centro, pequeno, simples, honesto, tocado por um jovem casal bem simpático. Ocupado meu lugar ao abrigo do sol, saí pelas ruas. Primeira parada: Parcão, também conhecido como Moinhos de Vento, com lagos com tartarugas, patos e muitas aves. De lá, uma boa caminhada até o centrão, muito parecido com o de outras grandes cidades, dominado pelo comércio popular. Encontrei meio por acaso o Mercado Municipal, com seus quiosques de toda sorte de embutidos, carnes, peixes e hortifrutigranjeiros, além, é claro, de artigos para chimarrão! Não imaginava que pudesse ter algo mais do que garrafa térmica, bomba, cuia e erva! De lá, deixei-me perder pelo centrão e encontrei o Memorial do Rio Grande do Sul (no belo e antigo prédio que abrigava os Correios e Telégrafos) e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (no tão belo e antigo quanto prédio da antiga Delegacia Fiscal), os quais, com o Santander Cultural, compõem o trio de prédios históricos da Praça da Alfândega.
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[usina do gasômetro] |
No primeiro, dentre outras coisas, uma série de painéis ilustrados conta a história de personalidades gaúchas e, no segundo, diversas pinturas e esculturas de artistas gaúchos, com espaço para algumas obras de artistas de outras partes do País. Mais algum tempo de caminhada e cheguei à Usina do Gasômetro. Antiga usina de geração de energia, a bela construção situada às margens do Guaíba foi tranformada num bacana centro cultural. A torre de sua chaminé, com 117 metros de altura, é um dos cartões-postais da cidade. Seu terraço e o gramado no entorno são os melhores pontos para apreciar o pôr-do-sol, programa muito disputado pelos portoalegrenses. De lá partem, ainda, alguns dos barcos que fazem o passeio pela lagoa e suas ilhas mais próximas. O passeio de barco durou cerca de uma hora e proporciona uma belíssima vista da cidade. Noite caindo, hora de voltar ao hostel, baixar as fotos e dormir, pois o dia foi puxado!
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[pôr-do-sol no guaíba] |