Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina - 1,3 milhão de habitantes - e fica a cerca de 700 kms de Buenos Aires. Bem plana, abriga a universidade mais antiga em funcionamento na América do Sul e é casa de quatro equipes de futebol, sendo a mais conhecida, agora, o Belgrano, que ganhou do River Plata na promoccíon e o rebaixou à segunda divisão do campeonato nacional. A retirada dos ingressos, contudo, seria feita no estádio do Instituto de Córdoba, que fica um pouco longe do hostel onde estávamos. 

Para evitar as longas filas como a que me fez perder o primeiro tempo do jogo contra a Venezuela, fui cedo com o Tiago - que ainda não tinha ingresso - e o Carlão, um carioca que conhecemos no albergue. Pegamos um táxi do lado direito de uma rua larga e tínhamos de pegar uma rua à esquerda. O taxista, bem jovem, virou à esquerda sem olhar e o táxi foi atingido em cheio por um outro carro, bem em frente a dois policiais! Apesar do barulhão e do estrago considerável, ninguém se machucou. Como comentei em outro post, andar de táxi por aqui é uma aventura (o que pegamos para ir de onde retiramos o ingresso até o estádio onde seria o jogo fez de tudo, até andar um bom trecho de uma avenida na contra-mão). Tomamos outro táxi e, enquanto fiquei na fila para retirar as entradas, os dois foram até o bar do clube e conseguiram comprar por ARS 200 ingressos para o jogo da Argentina contra a Costa Rica, pela última rodada da primeira fase da Copa América. Encontramo-nos com o Fábio e o Tomba e fomos para o estádio Mario Alberto Kempes, reformado para o torneio. A esmagadora maioria era de torcedores paraguaios. 

A entrada foi bem tranquila e a cada cinco passos, algum voluntário nos orientava para onde ir. Ficamos ao lado do setor da imprensa e nos juntamos com outros grupos de brasileiros para tentar fazer frente ao tanto de paraguaio que nos rodeava. Infelizmente, não se vende cerveja com álcool nos estádios da Copa América, o que tira um pouco a graça do evento. Aliás, diga-se que o clima (e o público) é completamente diferente de jogos por torneios de clubes no Brasil. Prefiro as partidas de clubes! A partida foi emocionante pelo placar e por algumas chances perdidas, mas a Seleção jogou, mais uma vez, muito mal. O engraçado é que alguns do grupo em que estávamos começaram a xingar o Mano Menezes e a vaiar o Jadson, que jogou no lugar do Robinho. Quase todos ali em volta entraram no clima e, em tom de brincadeira, começamos a cantar "olê, olê, olê, olá...Marta, Marta", numa alusão à camisa 10 da Seleção feminina. Alguns repórteres vieram entrevistar pessoas do grupo e a filmar o "protesto" (mais falta do que fazer por estar a partida chata do que realmente um protesto).

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