sábado, 9 de julho de 2011

Brasil x Paraguai - Córdoba

Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina - 1,3 milhão de habitantes - e fica a cerca de 700 kms de Buenos Aires. Bem plana, abriga a universidade mais antiga em funcionamento na América do Sul e é casa de quatro equipes de futebol, sendo a mais conhecida, agora, o Belgrano, que ganhou do River Plata na promoccíon e o rebaixou à segunda divisão do campeonato nacional. A retirada dos ingressos, contudo, seria feita no estádio do Instituto de Córdoba, que fica um pouco longe do hostel onde estávamos.
Para evitar as longas filas como a que me fez perder o primeiro tempo do jogo contra a Venezuela, fui cedo com o Tiago - que ainda não tinha ingresso - e o Carlão, um carioca que conhecemos no albergue. Pegamos um táxi do lado direito de uma rua larga e tínhamos de pegar uma rua à esquerda. O taxista, bem jovem, virou à esquerda sem olhar e o táxi foi atingido em cheio por um outro carro, bem em frente a dois policiais! Apesar do barulhão e do estrago considerável, ninguém se machucou. Como comentei em outro post, andar de táxi por aqui é uma aventura (o que pegamos para ir de onde retiramos o ingresso até o estádio onde seria o jogo fez de tudo, até andar um bom trecho de uma avenida na contra-mão). Tomamos outro táxi e, enquanto fiquei na fila para retirar as entradas, os dois foram até o bar do clube e conseguiram comprar por ARS 200 ingressos para o jogo da Argentina contra a Costa Rica, pela última rodada da primeira fase da Copa América. Encontramo-nos com o Fábio e o Tomba e fomos para o estádio Mario Alberto Kempes, reformado para o torneio. A esmagadora maioria era de torcedores paraguaios.
A entrada foi bem tranquila e a cada cinco passos, algum voluntário nos orientava para onde ir. Ficamos ao lado do setor da imprensa e nos juntamos com outros grupos de brasileiros para tentar fazer frente ao tanto de paraguaio que nos rodeava. Infelizmente, não se vende cerveja com álcool nos estádios da Copa América, o que tira um pouco a graça do evento. Aliás, diga-se que o clima (e o público) é completamente diferente de jogos por torneios de clubes no Brasil. Prefiro as partidas de clubes! A partida foi emocionante pelo placar e por algumas chances perdidas, mas a Seleção jogou, mais uma vez, muito mal. O engraçado é que alguns do grupo em que estávamos começaram a xingar o Mano Menezes e a vaiar o Jadson, que jogou no lugar do Robinho. Quase todos ali em volta entraram no clima e, em tom de brincadeira, começamos a cantar "olê, olê, olê, olá...Marta, Marta", numa alusão à camisa 10 da Seleção feminina. Alguns repórteres vieram entrevistar pessoas do grupo e a filmar o "protesto" (mais falta do que fazer por estar a partida chata do que realmente um protesto).
Pouco tempo depois, o Jadson fez o gol do Brasil e o Mano virou-se para nosso grupo e começou a aplaudir de maneira irônica!!! E ainda li em sites brasileiros alguma repercussão sobre isso! Que besteira! No fim das contas, o Brasil levou uma virada e só conseguiu empatar no último minuto do jogo, o que nos livrou de escutarmos zombaria dos paraguaios (que estavam até gritando "olé"). Antes de voltarmos ao hostel, ficamos um bom tempo em uma pizzaria não muito longe tomando uma boa Quilmes cornetando a Seleção e tudo o mais.

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