Hoje foi dia de bater perna.
Não vou dizer que acordei cedo, pois o frio me prendeu debaixo das cobertas. Mas depois que acordei, não parei. Tomei um café com "pan de queso" (não se engane, não dá para comparar) no Starbucks no térreo do prédio onde estou e fui logo ao Palacio de las Aguas Corrientes, que fica a uma quadra. Prédio imponente e muito bonito por fora, nada demais por dentro. O Museo del Patrimonio em seu interior, que fala sobre a sanitarização da cidade, é facilmente dispensável. Desci a Av. Cordoba até a Av. 9 de Julio e dobrei à direita até o Teatro Colón. De longe, a edificação mais bacana que vi até agora em Buenos Aires.
Pena que seu entorno está em obras, o que dificulta muito boas fotos. Em busca de um ângulo melhor, cheguei até a Plaza Lavalle, também conhecida como Tribunales por abrigar o Palacio de Justicia, sede do judiciário argentino. Uma barulheira de latidos de cães logo me chamou a atenção e pude ver cerca de cinquenta deles acompanhados de seus "passeadores", que são pessoas pagas para dar uma volta com os bichos. Cada um deles levava uns 10 cachorros e, naquele momento, os deixavam presos por coleiras ao gradil da praça enquanto conversavam entre si. Após entender-me com um boxer que circulava solto por ali, voltei à Av. 9 de Julio - uma impressionante via com 140 metros de largura e seis pistas em cada sentido -, por onde caminhei até o Obelisco, lugar onde os torcedores comemoram as conquistas de seus times de futebol, na esquina com a Av. Corrientes.
De lá, segui pela Av. Saenz Peña até a Plaza de Mayo, talvez a mais importante de Buenos Aires e, por consequência, da Argentina. É lá que fica a Casa Rosada, o Palácio Presidencial, de cujas sacadas Evita Perón dirigiu-se ao povo argentino para pedir a libertação de seu marido (retratada por Madonna no filme Evita, que tive o prazer de não ver), além de outros prédios governamentais e históricos, como, por exemplo, o Cabildo, antigo centro administrativo da época da dominação espanhola.
A Plaza de Mayo é palco das mais importantes manifestações populares a favor e contra os governos. Atualmente, um grupo de veteranos da Guerra das Malvinas está lá acampado em busca da equiparação para fins de indenização e pensão do contingente baseado na costa argentina à dos combatentes que atuaram diretamente na frente de batalha nas ilhas objeto de disputa com a Inglaterra. Ah, se no Brasil protestássemos assim...Desci, então, em direção a Puerto Madero, passando pelo bonito prédio do Ministério de La Defensa. Percorri todo Puerto Madero até chegar ao terminal de Buquebus, o barco que cruza o Rio da Prata ligando Buenos Aires à cidade de Colônia, no Uruguai. Comi qualquer coisa em um café e fui até o bairro do Retiro conhecer a Plaza San Martín, muito grande e bonita, com sua espécie de imitação do Big Ben.
Lá também se encontra o Monumento a los Caídos en Malvinas, em homenagem aos 649 combatentes argentinos mortos naquele conflito, e pode-se ver o edifício Kavenagh, obra modernista dos anos 30. Cruzei toda a praça e cheguei até a Calle Florida, apinhada de turistas e tudo o que os cerca (protitutas, "artistas" de rua, pedintes, batedores de carteira e lojas, muitas lojas, de tudo o que se possa imaginar). Subi a Calle Viamonte até onde estou hospedado para entrar em contato com Barbara, minha amiga argentina que conheci na viagem ao sul do Brasil e combinar um café. Encontrei-a pouco tempo depois e ficamos um tempão conversando sobre coisas da Argentina, e, vez por outra, comparando-as com o Brasil. Despedi-me dela e fui para um "resto/bar" misturado com uma loja de discos chamada Notorious (Av. Callao, 966 - www.notorious.com.ar) onde estava rolando um tributo a Louis Armstrong (que ontem, 04.07, comemoraria 111 anos de vida) com o Fraga, Motta, Giunta Trío. Encontrei esse lugar meio por acaso, pesquisando o que fazer hoje à noite na internet. Não poderia ter sido melhor. O ambiente é intimista, à meia-luz, o público fica sentado e o som é sensacional. Especialmente o pianista, Manuel Fraga, que antes de toda música a apresenta e conta um pouco de sua "história", faz valer a visita (eles tocarão todas as terças-feiras de julho). Por sugestão da garçonete, pedi um "cuadril", acompanhado de um vinho de Mendoza, que estavam perfeitos. Esse é o tipo de ocasião que fico feliz e triste por estar sozinho. Triste porque gostaria de compartilhar com outras pessoas os bons momentos que passei lá, mas, ao mesmo tempo, acho que prefiro curtir sozinho, pois sei que não é todo mundo que gosta desse tipo de programa, e talvez não concordasse comigo...



De lá, segui pela Av. Saenz Peña até a Plaza de Mayo, talvez a mais importante de Buenos Aires e, por consequência, da Argentina. É lá que fica a Casa Rosada, o Palácio Presidencial, de cujas sacadas Evita Perón dirigiu-se ao povo argentino para pedir a libertação de seu marido (retratada por Madonna no filme Evita, que tive o prazer de não ver), além de outros prédios governamentais e históricos, como, por exemplo, o Cabildo, antigo centro administrativo da época da dominação espanhola.



Cotras, show o blog....Tô acompanhando por aqui..:)!Aproveitaaaa bastante! Mari, vulgo "Barna...Sábiá..." rs
ResponderExcluirMuito legal seu blog Edu...
ResponderExcluirtenho saudades de Buenos Aires!E sobre esta última parte, às vezes quando viajo sozinha fico com essa mesma sensação...tudo sempre tem seus dois lados!!
Que bons ares estejam contigo por aí!:)
Gabi
Muito massa, mano!
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