sexta-feira, 15 de julho de 2011

Salta

Isabella
Sabe aquela sensação de estar na casa de amigos em alguma cidade no interior? Era assim que me sentia no hostel em Córdoba. Seu dono, o Mike, deixava todo mundo muito à vontade. Todos os dias aparecia algum amigo dele para jogar uma partida de pingue-pongue ou de playstation e sua filhinha estava sempre no meio dos hóspedes, dando um ar mais família à casa (que parecia aquelas de vó, com um quintalzão). Os asados eram sempre sensacionais, com todo mundo se integrando na grande mesa de piquenique nos fundos. Por isso foi meio triste me despedir de todo mundo, mas tinha de seguir viagem. Meus amigos voltariam na manhã de sexta para Itu e eu ainda tinha 13 horas de viagem de ônibus pela frente até Salta, capital da província de mesmo nome, localizada no noroeste da Argentina, a 810 km de Córdoba. A distância até que não é tão grande, mas a sensação é de entrar em outro país.
A começar pela fisionomia da pessoas: saem os traços de origem europeia e entram os dos ancestrais indígenas que habitavam (e alguns ainda habitam) a região. A vegetação se torna mais seca nessa época do ano (não chove há meses na região) e a topografia é dominada por serras e montanhas, estas, compostas pela face leste da Cordilheira dos Andes. Fiz o check-in no hostel, localizado entre a rodoviária e o centro da cidade e fui dar uma volta. Percorri todo o centro e o entorno na Plaza 9 de Julio, onde se encontram o Cabildo, a Catedral e a Casa de Gobierno, além de vários cafés e restaurantes com mesinhas voltadas para a praça. Subindo a Calle Caseros, passei pela belíssima Iglesia San Francisco e seu convento, em estilo neoclássico italiano, ainda mais bonito com a iluminação noturna.
Seguindo em direção ao albergue, passei pela Plaza San Martín, onde, depois de almoçar um guiso de lentejas (prato típico da argentina, um ensopado de lentilhas com legumes, carne e linguiça), tomei o teleférico (ARS 30, ida e volta) até o Cerro San Bernardo e sua impressionante vista da cidade, com as montanhas ao fundo. No próprio hostel acertei o passeio do dia seguinte pela região por ARS 350. Pode-se conseguir passeios mais baratos, mas preferi me garantir já que algumas pessoas que conheci no albergue tinham me dado boas referências sobre ele. À noite, conversei com um monte de gente no albergue e fui dormi um pouco mais cedo, já que me buscariam às 7:00hs para o passeio.

2 comentários:

  1. francieli Tuchtenhagem19 de julho de 2011 às 20:26

    muy buena onda Edu!...o melhor da argentina onde o frio é menos intenso, a parte sul (muuuita neve)e o noroeste com paisagens impressionantes, mas sem esquecer das rotas de vinhos, onde tu tens a oportunidade de conhecer os melhores vinhos da america...vai lá e degusta por mim..bjão e boas viagens! ;)

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  2. ah, voltarei para a Argentina só para fazer Mendoza e o sul! amanhã acaba a viagem por aqui! beijão

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